quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Quando nasce uma boa ideia?

 
“As idéias não surgem do nada, elas quase sempre são uma combinação nova de elementos já existentes. O que é novo é a combinação – não os componentes que fazem parte dela.”Baron & Shane


Quem trabalha com inovação, como eu, com frequência precisa ter boas ideias para conseguir trabalhar.

Antes de falar um pouco mais sobre como surgem as boas ideias, é essencial deixar claro que inovação não é necessariamente sinônimo de “lançar produtos novos”. Inovação também não é “novidade”. Uma inovação só e de fato uma inovação, quando ela consegue modificar o comportamento de uma audiência, ser desejada. Um exemplo são os populares tocadores de MP3. Quem é que há alguns anos conseguiria fazer uma caminhada na rua escutando suas músicas preferidas de maneira portátil e fácil? Foram esses tocadores portáteis que permitiram isso. (e claro, o formato MP3 também, lembra quando saíamos por ai com tocadores portáteis de cd?)
Trabalhar com inovação exige estar atento a tudo que está sendo lançado por ai. Não que a partir disso você possa copiar uma ideia, modificá-la levemente e lançar algo novo. Mas é importante estar atento para saber o que está em alta, para analisar o lançamento de uma forma mais profunda e entender se ele poderia ter ido além ou aquém.



É também um processo que exige boas ideias o tempo todo. Muitas vezes você precisará recorrer a um pouco de “design thinking” misturado com um pouco de “vuja de”, também conhecido como “pensar fora da caixa”.

Você já foi verificar de perto como o seu cliente ou consumidor encara o seu produto? Já analisou como ele o utiliza e quais dificuldades apresenta nesse processo? Será que você não está apenas replicando comportamentos esperados e vivendo sempre da mesma maneira?

Muitos processos ou produtos continuam os mesmos ou no máximo, recebem uma atualização periódica. E aí os envolvidos ficam satisfeitos por terem apresentado alguma coisa.

O problema é que nem sempre nos perguntamos se o que está ali faz sentido. Aquele botão faz sentido mesmo? Aquele botão é redundante? Aquela tela tem informação excessiva? Aquele texto realmente diz algo ou são apenas linhas e linhas de reflexões que não levam a lugar algum? 

Todas essas questões podem ajudar no surgimento de novas e boas ideias. Aliás, as boas ideias não precisam ser exatamente algo de outro mundo. Mas precisam fazer sentido, entender como aquele problema pode ser resolvido de uma outra maneira, e não da maneira que você acha ser o correto.

As boas ideias precisam se conexões para acontecerem. Precisam também de um tempo de maturação. Pequenos trechos de boas ideias podem não fazer sentido nesse momento, mas certamente ficarão guardadinhas em sua cabeça e podem explodir em uma ótima ideia a qualquer momento.
As idéias não surgem do nada. Steve Jobs já falava que inovação tem a ver com criatividade, com juntar as coisas de formas únicas. Criatividade é apenas conectar as coisas. Quando você pergunta a pessoas criativas como fizeram alguma coisa, elas se sentem um pouco culpadas, porque, na verdade, não fizeram aquilo; elas só viram aquilo. A coisa lhes pareceu tão óbvia, depois de certo tempo, porque conseguiram conectar experiências que tiveram e sintetizar coisas novas. E o motivo pelo qual elas conseguiram fazer aquilo é que tiveram mais experiência ou pensaram mais sobre suas experiências do que outras pessoas.


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