sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Administrando sua carteira de inovação

A administração sabe e o mercado financeiro também: a viabilidade de uma empresa ano a ano depende de sua capacidade de inovar. Dadas as expectativas atuais do mercado, pressões competitivas globais e a extensão e o ritmo de mudanças estruturais, isso nunca foi tão verdade. Mas dirigentes de empresas penam para convencer o mercado de que seus atos na gestão garantirão um fluxo contínuo de novidades de sucesso. Muitos admitem sentir dúvida e frustração. Em geral, estão cientes de que há uma enorme quantidade de inovação sendo produzida na empresa, mas não sentem que entendem todas essas dispersas iniciativas. A busca do novo soa aleatória e episódica — e sua suspeita é que o retorno sobre o investimento total da empresa em inovação seja baixo demais.

Sua carteira de inovação deve ser composta por investimentos variados, divididos por tipos:

·         Inovação incremental: algumas apostas seguras

·         Inovação radical: alguns investimentos mais arriscados

Decidir qual é a proporção correta é um desafio que só cabe a você, mas o sugerido é buscar uma variedade de desafios que contribuam para a melhoria de serviços, produtos e desempenho, além de desafios para mudar seu modelo de negócios.

A inovação incremental garante retorno fácil e garantido. Porém, não é recomendado investir tudo o que você pode nisso. Do ponto de vista técnico, tais inovações são fáceis e geram benefícios para o cliente.

A inovação técnica está relacionada a qualquer inovação que sirva a uma necessidade estabelecida, mas cujo desenvolvimento técnico seja completo.

A inovação radical é tecnicamente complexa e possui alto nível de incerteza em relação ao mercado. Um exemplo foi a transição dos walkmans para os tocadores MP3. A inovação radical estava em fazer com que artistas e gravadoras passassem a vender música digital. Normalmente é um tipo de inovação que custa caro e pode não dar certo. Mas se dão certo, podem ser espetaculares.

A inovação adaptativa: Adaptar um produto antigo e trazê-lo para um novo mercado, como por exemplo, um fabricante de lâminas de barbear que queira encontrar maneiras de fazer adolescentes se barbearem mais.

É preciso encontrar um equilíbrio para não arriscar-se demais, nem ficar parado demais. Diversificar sua carteira de inovação é o segredo.

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