quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BYOD chegando nas escolas


O conceito BYOD (Bring Your Own Device ou “traga seu próprio dispositivo") é tendência no ambiente corporativo. Além de trazer praticidade para as empresas, oferece possibilidades de redução de custos.
Ao adotar o BYOD, as empresas possibilitam aos funcionários acessar serviços, aplicativos e compartilhar arquivos ou dados dentro e fora da empresa, o que também acaba permitindo trabalhar de qualquer lugar e a qualquer hora.
O fenômeno acaba modificando a atuação da equipe de TI, que a passa a não ser mais dona do ambiente tecnológico dos usuários e do poder de definir o que pode ou não ser usado na empresa. Por outro lado, são necessárias estratégias para manter o controle e realizar o gerenciamento de dispositivos, aplicativos, segurança e proteção de dados.
Se atualmente grande parte das empresas ainda proíbe de forma extrema a utilização de dispositivos do próprio funcionário, adotar o BYOD não deve ser sinônimo de liberação total e ausência de regras. A presidência ou diretoria da empresa, juntamente com a equipe de TI, precisa refletir sobre aspectos legais e trabalhistas antes de pensar em adotar a prática.
No ambiente corporativo o BYOD não é mais novidade, ele já chegou nas escolas e instituições de ensino, que começaram a se aventurar e a envolver estudante. Além de integrar a tecnologia ao processo de aprendizagem, as escolas podem proporcionar mobilidade, pois o BYOD permite aos estudantes aprender de qualquer lugar e a qualquer momento, seja dentro da escola ou em casa. Outro benefício do BYOD é que os dispositivos que o aluno ou professor trazem de casa já são conhecidos e dominados por ele, o que evita os conhecidos problemas com o desconhecimento do equipamento ou sistema utilizado.
Uma escola da Flórida, a Collier County Public Schools (CCPS) entende seus alunos como nativos digitais, que vivem em um mundo onde a criação e o consumo de informação está ocorrendo constantemente. O ambiente de aprendizado encara a tecnologia como “parte de nós”. Por isso, oferece aos seus alunos acesso à informática, à internet e aplicações que possam apoiar os alunos e conectá-los local e globalmente.
O modelo de negócios criado pela escola pede que os pais dos estudantes assinem um termo concordando com o programa. Na escola, o aluno se conecta ao wifi e no primeiro acesso usando seu dispositivo, uma página web solicita o registro do dispositivo, utilizando o usuário e senha do aluno. Após o registro, o aluno se desconecta do wifi e faz novamente o login, habilitando-o para a partir daí acessar à rede da escolas e seus conteúdos.
Para quem trabalha com tecnologias, softwares ou educação, ficam algumas questões: Como colocar em prática o BYOD em nossa realidade escolar, inclusive e especialmente as escolas públicas? Como pensar softwares que não engessem uma determinada realidade atual como única e verdadeira? Como ir além das paredes da sala de aula?
Seja no ambiente corporativo ou escolar, implementar a política de BYOD traz pontos que devem ser muito bem pensadas. A prática será obrigatória ou opcional? Como não privilegiar apenas o funcionário ou aluno que traz seu próprio dispositivo, excluindo aquele que não tem? Que custos a ampliação da rede para suportar um tráfego maior trará? Que tecnologia vai gerenciar os dispositivos móveis e qual será seu custo? Como gerenciar aplicações, usos e permissões?
O BYOD está só começando!

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